segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vontade felina:


Estava aqui pensando, inocentemente como sempre, que isso de ser uma pessoa está se tornando muito complicado, queria ser um gato, sempre gostei deles, manhosos, encantadores, confiantes, queria ser uma gata branca: daquelas bem peludas que tem uma cara snobe, isso de ser humano é muito chato, ter que tomar decisões, fazer escolhas, ganhar dinheiro, atravessar crises existências, desilusões amorosas, questões mais do que metafísicas, já perdeu a graça, queria mesmo ser animal, instinto por inteiro. Podia ser também gata de rua: realmente livre, despudorada e sem medo, ou quem sabe o gato de Alice? enlouquecendo meros mortais ao meu bél prazer, poderia ser também um gatinho negro de uma aprendiz de feiticeira e acompanhar sua vida mágica, e como esquecer do Garfield, meu alter-ego mais verdadeiro, aquilo sim que é gato, viver é bem simples: "comer da sono, e dormir da fome", a verdade é que apesar da minha tara por complicação e do meu talento para atrair tal fenómeno ando precisando de coisas simples, melhor agora é aposentar as velhas roupas coloridas difíceis de combinar com a realidade monocromática desses dias, vou vivendo, vou indo...
Então até a próxima, te vejo logo ali, na outra vida, quando formos gatos!

(e muito, muito mais felizes)

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