quinta-feira, 25 de setembro de 2008

(Desgraçada)mente:


Uma multidão de pernas encolhidas e cabeças baixas, suicidas em potencial, as pessoas andam desistindo fácil, ou não, é difícil mesmo sobre(viver) a sociedade que criamos, cruelmente, a cada dia mais alguém dá início a sua depressão, "alguéns" na verdade, não tarda teremos um novo mal do século mil vezes pior que o anterior completamente instalado no ser humano até a última fibra do seu corpo desconjuntado, um legião de infelizes, deprimidos, angustiados, anti-depressivos... ah os tormentos da vida moderna, é o fim, as coisas que possuímos acabaram possuindo a gente (você estava certo Tyler), o amor não faz mais sentido, Deus e a fé são completamente desacreditados pela massa cética que tomou conta, viver perdeu a graça, não é mais bonito, nem divertido, resultado de um amadurecimento pobre em inteligência emocional que gera adolescentes caóticos e adultos vazios, seres completamente instáveis, não há segurança, o sentido da existência foi deturpado, e ái de quem ainda ousa sentir e ser nos tempos do agir e ter, o fato é que aqui o futuro parece péssimo e o presente não está perdendo, o que se perdeu mesmo foi a fé, os sonhos, a (boa) vontade... Vejo uma geração de artistas sendo gerada, todos filhos da desgraçada fatalidade que acompanha estas décadas, não vejo nada de bom sendo deixado para os próximos, só uma receita do que não se deve fazer, para que eles tentem ser um pouco menos infelizes.


(A maior expressão de angústia, pode ser a depressão, tudo que você nem sente, indefinível, mas não tente se matar, pelo menos essa noite não.)

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