quinta-feira, 24 de maio de 2012

3 da manhã;

Aí eu me pego de madrugada fazendo aquela "vozinha" engraçada que a gente fazia
sabe?
que só a gente fazia
e eu me pergunto se um dia o amor realmente também acaba, ou se esse gosto amargo e esse monte de saudade do que não foi vai ficar aqui pra sempre.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

sacha que amava sacha;

Um homem, dois pulmões
Um bailarino, dois dançarinos de ar
Quando um homem pega um machado de lamina afiada e acerta o peito da sua mulher
Os dançarinos no peito dela param
Eles param de dançar
Quando os amigos perguntaram a Sacha "Sacha, o que você fez?" e "Porque você fez isso?" ele prontamente respondeu
"Ela era ruiva, com dedos longos e finos e pertencia a cidade grande! Enquanto a outra de cabelos negros com dedos curtos e gordos não pertencia a canto nenhum, não possuía oxigênio algum"
Alegou então que havia assassinado a esposa de forma brutal, acertando um machado de lamina afiada em seu peito para fugir da asfixia, a falta contagiante de oxigênio que faria os dançarinos em seu peito pararem caso ele continuasse em sua presença
Antes ela do que ele, legítima defesa e os dançarinos em seu peito seguem dançando
Um homem, Dois pulmões
Um bailarino, Dois dançarinos de ar

Um, Dois
Um, Dois
Um
Um...

a música mais baixada do momento;

Música nova, mas música boa! :)

Como (Des)entender um homem;


Para se entender um homem é preciso ter raiva. É preciso ter descontrole e alguma fúria no olhar ao ser questionado sobre sua habilidade no volante. É preciso respirar bem fundo e ser irônico quando perguntado se está perdido. É preciso entender que nós só fazemos isso para não admitir que não temos o controle da situação, principalmente se o banco do carona for ocupado por uma mulher que queremos impressionar. É fingir não parecer fraco por fora e entender a insegurança que bate por dentro. É sentir como se tivesse super poderes ao fazer uma baliza e dizer que chegamos a algum lugar. É deixar toda essa força de lado para ser carinhoso ao beijar o rosto de uma mulher. E deixar todo esse carisma de lado ao sair do carro e esquecer-se de abrir a porta para ela.
Para desentender um homem é preciso entender um menino antes. Entender que os brinquedos continuam os mesmos e só mudaram de tamanho. É ver a nossa capacidade paradoxal de esquecer datas importantes e lembrar escalações inteiras de seleções mundo afora. É perceber que o dia acorda mais nublado numa quinta ou numa segunda em que o time dele perdeu. É preciso ter calma, paciência e concentração se não quiser que ele goze logo. Aliás, é preciso também ter calma, paciência e concentração para não respingar a tampa do vaso. É justamente por isso que a gente acaba cometendo esse erro. Mas é muito difícil acertar dentro, que fique bem claro. É estar completamente brava e ser surpreendida por um buquê de flores. É pensar que o romantismo talvez não tenha morrido até que ele arrote no meio da mesa de jantar. E pensar logo em seguida que o romantismo ainda vive em ogros por aí. É tentar ensinar a ele um pouco de literatura feminina e ouvir que não entende essa sua vontade louca de assistir a todas as comédias românticas do cinema. “Pra ser sincero, eu gosto de ver gente atirando e explosões, meu bem. Isso é legal. Além disso, eu odeio fingir que um cisco entrou no meu olho toda vez em que algum desses seus romances realmente mexe comigo”. É preciso entender que a gente nunca vai admitir que passou alguma noite em claro por conta de uma DR mal acabada. Aliás, é preciso se esquecer dessa informação assim que o parágrafo acabar.
Para entender um homem é preciso sacar de sexo aos 45 do segundo tempo. Aquela alegria surpresa de quem se esforçou o jogo inteiro e agora comemora com grande satisfação a ejaculação que acabou de ter. É compreender que a gente tenta ser bacana, quando quer. E que a gente fez curso de canalhices ainda na barriga da mãe. Mas também só usamos essa arte quando queremos. É preciso duvidar da nossa capacidade de trocar uma lâmpada para desentender a nossa teimosia. Afinal, que homem vai acatar a um “deixa pra lá” se não conseguir abrir uma lata de ervilhas? A gente perde força e vai pra forca. Mesmo que vocês não se importem, existe um código de ética da virilidade masculina que só importa pra nós mesmos. É bobagem, a gente sabe no fundo. Mas é preciso aceitar essa nossa condição para entender que a gente quer sempre dobrar os limites. É não ligar para o que vocês chamam de grosseria e a gente chama de elogio. É entender que gostosa e linda tem o mesmo significado pra gente quando se trata de quem a gente gosta. E saber que todos nos tornamos inseguros quando a gente se apaixona. Aliás, é descobrir que a gente se apaixona de verdade. Mas isso é segredo, cá entre nós.
É negar o futebol para jogar vídeo game. É entender de desenho animado e essa nossa admiração pelo Sylvester Stalone. É começar a apreciar listras cruzadas e roupas que não combinam. E aceitar que, definitivamente, só existem umas 12 cores que a gente consegue enxergar. O resto é invenção feminina. É preciso visitar algumas cidades e correr ao redor do mundo. É preciso ter deitado a cabeça alguma vez numa barriguinha de cerveja e adormecido com uma barba mal feita roçando o pescoço. É preciso ser agarrada pela cintura e sentir a nossa respiração pesada como um sussurro que vai descendo pela coluna e tira as roupas dela. É ler isso tudo e chegar a uma única conclusão: que entender e desentender os homens é a mesma coisa. E que nós somos tão complicados quanto vocês. Mas, o que importa mesmo, é seguir um conselho tipicamente masculino: esquece isso tudo e deixa pra lá.




domingo, 13 de maio de 2012

you have to say its over, when its over, OVER!;

Sem essa de "pra sempre" vai, só é amor até deixar de ser
Depois é liberdade.

sábado, 12 de maio de 2012

a carta que não será entregue;

Hoje eu me peguei pensando em você. Assim, bastante, sabe. Não foi coisa pouca, rápida. Eu pensei e me lembrei de tudo. Me deu vontade de saber como anda sua vida, como anda você. Senti vontade de te ligar, de falar com você. Saber se ainda namora com ela, se você pensa em mim, se ainda tem raiva de mim. Porque olha, eu não tenho raiva de você. É sério! Pra falar a verdade, talvez eu nem saiba o que sinto. Mas hoje eu senti tanta saudade sua. Saudade boa, sabe? Não daquelas que nos deixam aos prantos, lamentando o passado. Mas aquela saudade que faz brotar sorriso no rosto e que deixa os olhos da gente cheio de lágrimas bonitas.

Lembrei quando você me disse que trocar de namorado é apenas trocar de defeitos. Acho que concordo com você. Não arrumei nenhum fixo, por sua culpa. Acho que peguei um certo trauma de relacionamentos. Mas todos aqueles que vieram desde que você se foi são bem chatinhos, viu? E olha, eu deixo claro desde o ínicio que odeio ciúme. Não quero dar brecha pra que aquelas coisas chatas aconteçam de novo. E acho que meu rosto forma uma expressão tão sincera que eles nem ousam me cobrar nada.

Eu não gosto de você, mas ele, esse último agora, me disse que gosto sim. Disse que passo muito tempo da vida reclamando de você ainda. E que se não gostasse, não sentisse falta, eu nem lembraria. Eu discordo. Continuo acreditando que amor é coisa que dá e passa, e passou. Amor é coisa da cabeça da gente, não do coração.

Nós nunca combinamos em nada, ok. Sou desencada demais, tudo bem. Eu fumo, eu bebo e falo palavrão. É feio, você sempre disse. Mas me pergunto como passei tanto tempo ao seu lado e nunca te disse que você é muito machista e bichinha. Assim, com todo respeito. E não no exato sentido da palavra, entende. Sempre me senti o homem da relação. Era ruim. Quero dizer, toda mulher quer se sentir protegida. E eu que sempre cuidei de você.

Ei, mandei um beijo pra sua mãe. Diga que ela continua sendo minha preferida, pra sempre. Ao seu irmão, peça desculpas. Fui embora devendo um jogo do play 2 pra ele. Seu pai… Bem, nós nunca tivemos muito assunto, né. Mas diga à ele que sinto falta dos churrascos inesperados que ele fazia em minha homenagem. Pra você... Hum, obrigada. Apesar de sentir essa dorzinha chata do lado esquerdo do peito às vezes, obrigada. Eu me reencontrei. Reconquistei minha vida e meus amigos. Continuo estudando muito, cada dia mais ocupada. Venho fazendo tudo o que você detestaria saber. Continuo bebendo, voltei a fumar. E ainda falo palavrão pra caralho. Também dou “liberdade para as pessoas”, como você dizia. E não, eu não fui fazer uma visita à igreja. Descobri também que essa é a minha vida, e eu não quero mudá-la novamente por causa de alguém.

Você vai sempre morar no meu coração, menino. Eu prometo. Confesso que às vezes sinto sua falta. Mas escrevi porque preciso muito dizer que nunca, nunca mesmo, eu me senti tão feliz sem você.

apesar das perdas:

É preciso cuidado no caminho, pois ele é tão solitário e tortuoso quanto bifurcado, é tanta gente, tanto gesto que a gente encontra, tanto sentimento que a gente perde, tanto sonho que para, e história que começa.

A gente precisa mesmo ter calma, para não se perder na aventura, é óbvio e inevitável que as coisas mudam, que a saudade sempre vai bater forte nos momentos mais difíceis e nos dias mais duros, primeiro a lágrima escorre, mas depois para, depois passa.

E quando passa só fica você, e o caminho, porque se tudo na vida acaba (inclusive a própria) o caminho é eterno, não tem fim. Nem sempre é possível voltar, mas ir em frente sempre será possível, um eterno reconstruir-se cheio de novos horizontes e corações, cheio de vida.

Então no fundo preocupação em demasia (com qualquer coisa) parece inútil, melhor aproveitar o que acontece enquanto se tenta chegar lá, onde não tem fim.

Só não vá se perder (...)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

talvez não fosse amor;

- E ai?
- E ai?

- E ai, ela não veio?
- Ah, a gente terminou...
- E aquele amor todo?
- Acabou!
- E amor acaba?
- Não sei, esse acabou.
- Pô, talvez não tenha acabado...
- Talvez não fosse amor.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

malvados pro André Dahmer;



Malvados forma meu caráter. :)

de volta pro presente:

Dois anos depois,

O bom filho a casa torna, foi um silêncio infinito que se fez por aqui, muita coisa, tanta coisa mudou, importante dizer que encontrei e me perdi do amor, hoje sigo UNA novamente aquele caminho de sempre, a faculdade me pegou de jeito e eu achei um ofício que me completa, Arte, como eu e tantos outros sempre imaginamos.

Viajei, conheci meio mundo, muita gente, cresci, mudei e da altura dos meus 21 anos continuo tendo dias tristes e solitários, mas achando que no final da contas o bom da vida mesmo é que sou muito feliz, acho também que perdi a mão boa que tinha pra escrever e relatar as coisas, até porque o ofício poético nos entrega sem defesa a um drama por vezes desnecessário, e eu, logo eu, tenho prefirido o pragmatismo e a praticidade do preto no branco, ando com preguiça pra rodeios.

Decidi voltar porque aqui sempre me encontrei e hoje mais do que nunca é disso que eu preciso. E não é isso que chamam de vida?


"Fazer da queda um passo de dança, do sonho uma ponte e da procura um encontro (...)" quase quatro anos se passam e Sabino continua sabendo das coisas.


É isso, cambio, não desligo mais.