domingo, 9 de agosto de 2009

achado;

poder dormir
poder morar
poder sair
poder chegar
poder viver
bem devagar
e depois de partir poder voltar
e dizer: este aqui é o meu lugar
e poder assistir ao entardecer
e saber que vai ver o sol raiar
e ter amor e dar amor
e receber amor até não poder mais
e sem querer nenhum poder
poder viver feliz pra se morrer em paz...

achado;

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Breve;

Quero cantar as mais belas canções de amor e cantigas de ninar, sobre estar só, eu sei, mas sobre estar junto também aprendi, ainda que não seja o bastante, ainda que existam buracos, abismos, medos, ainda que haja dor, quero gritar ao mundo que vale a pena estar vivo, que ser feliz é preciso, as pequenas coisas e como elas são importantes, as diferenças não podem ser maiores que os afetos, a vida é muito maior que tudo isso, a vida é maior que a gente, é preciso saber que a eternidade não dura quase nada, que o tempo corre, não conosco como se pensa, é preciso ajustar os ponteiros do relógio sempre.

escrito em outubro de 2008

Termo Auto-explicativo:

Dentre tantas que já fui, hoje, me confundo entre presente passado e futuro, não sei ao certo quem sou, também não quero saber, sou mesmo essa mistura: de som, cores, sentimentos, sou muito de tudo, é assim que eu gosto, assim que eu funciono, falo demais, fico triste, insisto, não consigo, gargalho, invento, sou azeda, mas sou doce quando sou doce, (muito doce até), não sei de nada, lembro, canso, como, durmo, vivo cantando, sei de tudo, faço, vou, desfaço, vivo, amo, odeio, sonho, leio, danço, me declaro, grito falo, ouço, falo, falo, falo, esqueço, escrevo.

escrito em novembro de 2008.

Escrever é preciso:


Escrevia pelo menos uma carta por dia, nunca mandava, se não era carta era crônica, se não, era narrativa, bilhete, poema, panfleto, ela escrevia todos os dias, praticava o nobre exercicio de combinar palavras para extrair o melhor resultado que elas pudessem prover, não tinha hora marcada simplismente acontecia, morria de medo do fim, das páginas em branco, do bloqueio, sabia muito bem que dia desses entre um café e duas bolachas seu talento nato e diário cessaria, -E quando não tivesse mais o que dizer? Calar assim por falta de assunto é muito sem graça, destruiria todo o seu trabalho de escritora, rapidamente se tornaria desenteressante e cairia no esquecimento, porém, queria verdade em suas palavras e para isso precisava da inspiração, inspiração esta que caso se finda-se a deixaria perdida e desolada sem uma palavrinha de consolo, silêncio................................................... testando concluiu: o silêncio lhe cortava o coração, parecia uma insuportável coexistência, como se algo lhe esmagasse, como se um pedaço de osso engasgasse em sua garganta, sinal de que ainda havia muito a ser dito, ou melhor, a ser escrito, pelo menos por enquanto.